quarta-feira, 18 de maio de 2011

O encanto de uma flor

Quem não namoraria ao luar?
No texto "Reencantar o mundo", Dioclécio Campos Júnior inicia informando que há mérito no valor atribuído à Ciência, no que diz respeito ao progresso da humanidade. Porém, esse elogio se mantem apenas no primeiro parágrafo. Nos que seguem, ocorrem ataques surdinos a toda estrutura do Pensamento Científico.
O autor atribui aos avanços - Cientifico-Tecnológicos - o que ele denomina como “desencantamento humano”. Para argumentar em prol do suposto malefício causado pela Ciência, utiliza-se de várias afirmações parciais e ludibriosas, como: “o beija-flor beija recipientes de água doce”. Quem deve ser condenado? O beija-flor que escolhe - sabe-se lá por que - beijar o recipiente, o recipiente que - ao que parece - é inanimado, ou a pessoa que - por algum motivo - colocou a água com açúcar para o pássaro? Quem pode condenar?

Em outra passagem, afirma: “viver não é mais sonhar, resume-se a clicar”. Por que o indivíduo clica? O clique não é objetivante? Quem define “sonhar”?
Mais adiante o texto agride a Ciência atribuindo-lhe responsabilidade sobre a perpetuação das guerras e - não bastasse isso - coloca o fenômeno Guerra no mesmo patamar do Descrença.
O pediatra ainda propõe - como solução à depressão humana - o reencantamento do mundo. Para que? Quem precisa de gnomos para se encantar com um belo e colorido jardim? Ou , por conhecer as forças que movem a Lua, quem deixaria de namorar ao luar?
A Ciência não desencanta o mundo, ela, como toda manifestação humana, é fruto do interpretar. Uma obra de arte coletiva.
"Seus olhinhos infantis" 
Sobre a preciosidade da Criança, convergimos. Nela, facilmente encontramos encantamento pela Natureza, pela descoberta, pelo afeto...
Quando a maturidade encontra-se em situação similar à beleza do sorriso infantil, diante daquilo que se estréia aos sentidos, revive um encantamento sublime.  

Um comentário:

Unknown disse...

Texto legal Felipe...
Gostei!!!

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