domingo, 13 de junho de 2010

A queda é livre?



Duas coisas de pesos diferentes caem ao mesmo tempo se forem soltas de uma mesma altura? O professor entra na sala e solta uma folha e um caderno para observar qual deles cai primeiro, os estudantes e ele observam que o caderno é o primeiro a atingir o chão. Então ele repete o experimento colocando a folha sobre o caderno, desta vez ambos caem juntos! Como podem dois experimentos similares indicarem resultados tão diferentes?
O experimento representa para os nossos sentidos ,parte do que a Natureza é. Apesar de ser apenas representação, a experiência é nossa única forma de adquirir informações de base e portanto (a principio) não pode ser descartada. O experimento que demonstra a queda da folha num tempo maior que a queda do caderno é NATURAL e precisa ser considerado como tal. No entanto o segundo experimento demonstra que a folha e o caderno caem ao mesmo tempo, claro, tão natural qunto o experimento anterior, ambos são fontes de informações de base.
Que enrascada! Será a natureza realmente ambígua? Ou será que é possível entender esses experimentos dentro de um mesmo modelo físico? Bom, nosso problema aqui é menor que o da Quântica, mas isso é assunto para outro momento.
A lenda diz que Galileu Galilei, no intuito de provar que os tempos de queda para uma mesma altura de objetos com pesos diferentes são iguais, subiu no topo da torre de Pisa e de lá abandonou vários objetos com pesos diferentes, constatando assim o que pretendia provar. Mas e o caso da folha? Será que Galileu tinha uma explicação para isso?
Quando Galileu se referiu à queda de corpos não estava falando sobre objetos muito leves e de pouca aerodinâmica, tal qual uma pena ou uma folha. Provavelmente ele não chegou a examinar esses aparentes impasses da natureza. Anos depois, com a Mecânica e a Teoria da Gravitação de Newton, e mais tarde com o Modelo Cinético dos Gases esse impasse pode ser inteiramente desfeito.
Enquanto Newton unificou os movimentos do céu e da Terra (Teoria da Gravitação) dizendo que os corpos se atraem em proporção direta às suas massas e inversa ao quadrado da distância entre eles, fazendo assim jus a celebre Assim na Terra como no Céu, o Modelo Cinético dos Gases explicou o comportamento de um gás interpretando este como um aglomerado de moléculas que possuem massa, velocidade e distâncias entre si de cerca de 10 vezes seus tamanhos, o que possibilita que as tratemos como pontos materiais, características estas que, não só não violam as primícias da Mecânica Newtoniana, como convergem para ela!
Parece que estamos pertos de entender a solução do impasse. O planeta é um aglomerado muito grande (se comparado a objetos da nossa ordem de grandeza) de massa, essa quantidade de matéria atrai outras porções de matéria, tais como gases, folhas de papel pedras e tudo mais que possuir massa, foi assim que se formou a nossa atmosfera, ela é composta por moléculas em movimento incessante, quando soltamos tanto a folha quanto o caderno há, sob eles, um número grande de moléculas, estas se chocam umas com as outras e também com a folha e o caderno, ambos precisam vencer esta resistência para poderem cair, como o peso (força de atração exercida pelo planeta) do caderno é maior que o da folha, ele vence a resistência do ar com mais facilidade. No caso em que a folha é colocada sobre o caderno, a resistência do ar age apenas sobre o caderno, portanto eles caem juntos.



Assunto encerrado?


2 comentários:

muybranco disse...

Explicações do velho mueda.
bem vindo ao mundo blogueiro...
Isso vicia!!!
abç

muybranco disse...

Uma leitura mais apurada do seu texto requer pouca compreensão do mundo. O teste é necessário para que possamos examinar nossas falhas de compreensão. A desistência da visão positivista do mundo não significa abandoná-la, no entanto também não significa transformar completamente a visão para um mundo relativista. Pois o mundo positivista/mecanicista ainda explica muitas coisas que não compreendemos completamente/relativista. É preciso romper com os paradigmas, não romper com interpretção que o homem tem do mundo. Precisamos aprender a negociar tais interpretações para assim poder melhor compreender o mundo, e não achar soluções para os impasses da oriundos dessa compreenção.

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